segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mudam se os tempos, mudam se as vontades- Figuras de Linguagem



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve -, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soia.

Na 3ª estrofe, para mostrar suas desilusões e seus conflitos diante do mundo, o eu- lírico estabelece uma comparação a ação do tempo sobre si próprio e sobre a natureza. Para estabelecer essas comparações, o eu- lírico faz o uso da antítese, uma figura de linguagem que consiste em aproximar idéias opostas. Os pares antitéticos são: 
neve fria X verde manto
doce canto X choro

Anáfora: “Mudam-se/Mudam-se/muda-se/muda-se”


Dia de Camões 10 de junho


No dia 10 de Junho celebramos o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Quando nasceu este feriado?

O 10 de Junho nasceu com a República quando Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões.
Camões representava o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial e era este o significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho.

O 10 de Junho, dia de Camões, começou a ser festejado a nível nacional com o Estado Novo, um regime instituído em Portugal em 1933, sob a direcção de António de Oliveira Salazar.

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é pois um tributo à data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580, é utilizada para relembrar os feitos passados do povo lusitano E também os milhões de Portugueses que vivem fora do seu país natal.

Obras- Livros, Poemas, Canções, Frases...


• Os Lusíadas;
• Rimas;
• El-Rei Seleuco;
• Auto de Filodemo;
• Anfitriões;
• Amor é fogo que arde sem se ver;
• Verdes são os campos;
• Transforma-se o amador na cousa amada;
• Se tanta pena tenho merecida;
• Busque Amor novas artes, novo engenho;
• Enquanto quis Fortuna que tivesse
• Tomou-me vossa vista soberana
• Quem pode livre ser, gentil Senhora
• O fogo que na branda cera ardia
• Tanto de meu estado me acho incerto
• Alma minha gentil, que te partiste
• Quando de minhas mágoas a comprida
• Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
• Endechas a Bárbara escrava
• Descalça vai pera a fonte
• Perdigão perdeu a pena
• Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
• No mundo quis o Tempo que se achasse
• Quando me quer enganar
• Amor, que o gesto humano na alma escreve
• Quem presumir, Senhora, de louvar-vos
• Posto me tem Fortuna em tal estado
• Ao desconcerto do Mundo
• Eu cantarei de amor tão docemente
• Que me quereis, perpétuas saudades?
• Se as penas com que Amor tão mal me trata
• Se me vem tanta glória só de olhar-te
• Quem vê, Senhora, claro e manifesto
• O dia em que nasci moura e pereça
• Julga-me a gente toda por perdido
• Vencido está de amor
• Senhora minha, se de pura inveja
• O cisne, quando sente ser chegada
• Se pena por amar-vos se merece
• Sempre a Razão vencida foi de Amor
• Coitado! que em um tempo choro e rio
• Lembranças, que lembrais meu bem passado
• Nunca em amor danou o atrevimento
• Erros meus, má fortuna, amor ardente
• Qual tem a borboleta por costume
• O tempo acaba o ano, o mês e a hora
• Quem diz que Amor é falso ou enganoso
• De quantas graças tinha, a Natureza
• Ditoso seja aquele que somente
• Se só no ver puramente
• Onde acharei lugar tão apartado
• Eu cantarei o amor tão docemente
• Verdes são os campos
• Que me quereis, perpétuas saudades?
• Sobolos rios que vão
• Transforma-se o amador na ousada amada
• Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
• Quem diz que o amor é falso ou enganoso
• Sete anos de pastor Jacob servia
• A Morte de D. Inês
• A Instabilidade da Fortuna
• Com força desusada
• Fermosa e gentil dama
• Junto de um seco, fero e estéril monte
• Já a roxa manhã clara
• Manda-me Amor que cante docemente
• Se este meu pensamento
• Tomei a triste pena
• Vinde cá, meu tão certo secretário
• Vão as serenas águas
• A Instabilidade da Fortuna
• Com força desusada
• Fermosa e gentil dama
• Junto de um seco, fero e estéril monte
• Já a roxa manhã clara
• Manda-me Amor que cante docemente
• Se este meu pensamento
• Tomei a triste pena
• Vinde cá, meu tão certo secretário
• Ferro, fogo, frio e calma
• Dai-me uma lei, Senhora, de querer-vos…
• De tão divino acento e voz humana…
• De voz me aparto, ó Vida! Em tal mudança…
• Debaixo desta pedra está metido…
• Em flor vos arrancou de então crescida…
• Males, que contra mim vos conjurastes…
• Não passes, caminhante! –Quem me chama?...
• Oh! Como se me alonga de ano a ano…
• Quantas vezes do fuso s’esquecia…
• Que vençais no oriente tantos reis…
• Quem jaz no grão sepulcro, que descreve…
• Tempo e já que minha confiança…
• Um mover de olhos branco e piedoso…

Tanto de meu estado me acho incerto - Figuras de Linguagem presentes no poema

Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, justamente choro e rio,
O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém por que assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.


Antítese

ardor x frio
o mundo todo abarco x nada aperto
alma vista
fogo x rio
espero x desconfio
desvario x acerto
terra x Céu

Hipérboles

"O mundo todo abarco e nada aperto."

"Da alma um fogo me sai, da vista um rio; "

"Estando em terra, chego ao Céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora."





quarta-feira, 2 de maio de 2012

Aquela triste e leda madrugada e suas figuras de linguagem



Aquela triste e leda madrugada,
cheia toda de mágoa e de piedade,
enquanto houver no mundo saudade
quero que seja sempre celebrada.

Ela só, quando amena e marchetada
saía, dando ao mundo claridade,
viu apartar-se d'uma outra vontade,
que nunca poderá ver-se apartada.

Ela só viu as lágrimas em fio
que d'uns e d'outros olhos derivadas
s'acrescentaram em grande e largo rio.

Ela viu as palavras magoadas
que puderam tornar o fogo frio,
e dar descanso às almas condenadas.

Ocorre hipérbole no 3° verso , há o exagero que as lágrimas dos amantes formem um rio. Contudo as hipérboles na lírica de Camões exprimem menos exagero que intensidade dramática, pois o exagero nelas  é controlado por uma impressão de discrição e sinceridade.
Só essa madrugada ouviu palavras que poderiam reduzir o fogo ao frio - Antítese e Hipérbole
No sétimo verso a palavra vontade está subtendida, ocorre a Elipse "viu apartar-se d'uma outra vontade"
Antítese a madrugada dos amantes se separam era "leda"(bela, alegre) em si mesma, mas nos olhos do amante era "triste". A madrugada já e coisa passada , a saudade é presente e futura, deve ser sempre "lembrada". A antítese está na oposição de idéias de descontinuidade e continuidade.
No segundo quarteto, ocorre outra antítese, entre "viu apartar- se" e "nunca poderá ser apartada". Ocorre novamente no segundo quarteto e primeiro terceto: apartar- se X juntando-se, e uma antítese hiperbólica entre fogo X frio do último terceto.
 UM POUCO SOBRE A GRANDE OBRA DE CAMÕES DO CANTO I AO IV.

AQUI COLOCO AS EXPLICAÇÕES SOBRE AS FIGURAS DE LINGUAGEM, MUITO UTILIZADA POR CAMÕES!!


Figuras de Linguagem - Dando uma força à expressão

As Figuras de Linguagem são muitíssimo utilizadas na Literatura. Você já percebeu isso, certo? Elas são formas de expressar o pensamento ou o sentimento de modo vivo, enérgico, vibrante, capaz de impressionar o ouvinte ou leitor e escapar ao uso corriqueiro que se faz das palavras e da língua.

Podem ser classificadas em três tipos:
Figuras de palavras ou tropos
Figuras de construção
Figuras de pensamento

Aspectos semânticos

Comparação
Quando tem expresso o termo comparativo. Geralmente aparece a conjunção “como”.
“Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...” (M. Bandeira)
Metáfora
Comparação mental ou abreviada, prevalecendo a relação de semelhança.
Não aparece a conjunção “como”
“Meu coração é um balde despejado.” (Fernando Pessoa)
Catacrese
É uma metáfora que caiu no uso popular, corriqueira, muito comum.
O poema está no pé da página.
As pernas da mesa estão bambas.
Personificação ou prosopopéia
Atribuição de ações, qualidades ou sentimentos a seres inanimados.
“O tempo passou na janela e só Carolina não viu.” (Chico Buarque)
Hipérbole
Afirmação exagerada. (Falei trezentas vezes para você!)
“Meus olhos são pequenos para ver o mundo que me esvai em sujo e sangue outro mundo que brota...” (Carlos Drummond de Andrade)
Sinestesia
Interpretação de planos sensoriais, Mistura de sensações de sentidos diferentes. Como na metáfora, relaciona elementos de universos diferentes. (Senti um cheiro doce no ar.)
“Indefiníveis músicas supremas
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da luz resume...” (Cruz e Sousa)
Metonímia
Relação de proximidade entre os elementos escolhidos, os quais apresentam certa interdependência.
Comer o pão (por alimento) que o diabo amassou (por sofrimento).
Efeito pela causa: Sócrates tomou a morte. (por veneno)
Autor pela obra: Lemos Machado com interesse.
Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice da salvação.
Parte pelo todo: A choupana não suportou quatro invernos.
Singular pelo plural: O homem, que é mortal, imortaliza-se por meio de suas conquistas.
Gradação
Seqüência de palavras, cujo sentido vai se intensificando ou atenuando gradativamente.
“- Já se supunha um príncipe, um gênio, um deus, mas que caiu das alturas, rodopiou no ar e estatelou-se no abismo.” (M. de Assis)
Antítese
Contraposição de uma palavra ou frase a outra de sentido oposto.
“Eu que só cego – mas peço luzes...
Que sou pequeno, - ma só fito os Andes...” (Castro Alves)
Eufemismo
Substituição de uma palavra ou expressão desagradável ou áspera por outra mais amena.
Você faltou com a verdade a um homem.
Ironia
Sugerir pela entonação e pelo contexto algo contrário ao que pensamos, geralmente com intenção sarcástica.
“A excelente D. Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.” (Monteiro Lobato)
Perífrase/antonomásia
Expressão que designa os seres por um de seus atributos.
O rei dos animais rugia alto diante da ameaça.

Aspectos fonéticos

Aliteração
Repetição dos mesmos fonemas consonantais.
“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando.” (Guimarães Rosa)
Assonância
Repetição dos mesmos fonemas vocálicos.
“Ó formas alvas, brancas, formas claras.”
(Cruz e Sousa)
Paronomásia (trocadilho)
Vocábulos foneticamente parecidos, resultando em um trocadilho ou jogo de palavras.
“Levou seu retrato
Seu trapo, seu prato...” (Chico Buarque)
Onomatopéia
Palavras cuja sonoridade imita a voz ou o ruído de seres ou coisas.
“O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvv... passou.”(Mário de Andrade)

Aspectos sintáticos

Elipse

Omissão de um termo facilmente subentendido. Dito ou não anteriormente.
“No mar, tanta tormenta e tanto dano.” (Camões)
Elipse do verbo haver (no mar há tanta ...)
“Foi saqueada a vila, e assassinados os partidários dos Filipes.” (Camilo Castelo Branco)
Elipse do verbo:” e foram assassinados...”
Pleonasmo
Reforço estilístico da expressão. Consiste na repetição de uma idéia anteriormente
sugerida ou na repetição de um termo já expresso.
“Ele admirava menos a tela que a pintora, ela menos o espetáculo que o admirador, e
eu via-os com estes olhos que a terra há de comer.” (Machado de Assis)
Silepse
Concordância com um termo subentendido que temos em mente.
Silepse de gênero: A grande e concorrida São Paulo.
Silepse de número: A multidão assistia satisfeita, aplaudiam e acreditavam.
Silepse de pessoa: Você e os que pensam assim, não teremos muitas surpresas.
Inversão/hipérbato
Inversão da ordem natural das palavras na frase ou de oração no período
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante”
Polissíndeto
Repetição intencional de conjunções.
“trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua”
(Olavo Bilac)
Assíndeto
Omissão intencional da conjunção.
“Fere, mata, derriba denodado...”
(Camões)
Anáfora
repetição da mesma palavra no começo de cada um dos membros da frase.
“Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado.”
(Gilberto Gil)
Anacoluto
Mudança de construção sintática, no meio do enunciado, geralmente depois de uma
pausa.
“Essas empregadas de hoje, não se pode
confiar nelas” (Alcântara Machado)

CAMÕES E SUAS FIGURAS DE LINGUAGEM!!

"Amor é fogo que arde sem se ver: Metáfora
É ferida que dói e não se sente; Ironia
É um contentamento descontente; Antítese e Paradoxo
É solitário andar por entre a gente: Antítese e Paradoxo e talvez Ironia de dependo do contexto
É nunca contentar-se de contente: Antítese e Paradoxo

Antítese no poema de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te;

Roga a Deus que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Antítese

Antítese é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de ideias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.

"Alma minha gentil, que te partiste/ Tão cedo desta vida, descontente, / Repousa lá no Céu eternamente / E viva eu cá na terra sempre triste".
Há o contraste nesta estrofe e também nas demais, há a oposição entre o lá e o cá, ou seja entre o céu e o mundo espiritual, onde se encontra a amada e o cá, que representa o mundo carnal, terreno,do poeta.
A antítese mostra a impossibilidade de união de dois mundos tão antagônicos como é o caso do mundo espiritual com o mundo carnal, representados no soneto, pelos advérbios lá e cá.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Túmulo do Poeta


Túmulo do poeta no Mosteiro dos Jerónimos.

Constância- Cidade onde Camões residiu e o inspirou em suas obras








Vista panorâmica de Constância 




 


 “Observatório Astronómico de Constância”, captado pelo fotógrafo Dias dos Reis. Ao centro e à frente, temos a “Grande Máquina do Mundo” segundo “Os Lusíadas”


Centro de Ciência Viva de Constância


Jardim Horto de Camões, local em que existem diversas variedades de flora referidas por Camões na sua obra


Estátua em  Homenagem a Camões, da autoria do mestre Lagoa Henriques, ao lado do jardim Horto Camoniano


As representações artísticas de Camões em Constância incluem o Azulejo


Ruínas da casa de Camões em Constância, que motivaram a constituição de uma Associação para a reconstrução da mesma


Casa-Memória-Museu de Camões, obra da “Associação Casa -Memória de Camões”, criada pela escritora e jornalista Manuela de Azevedo



   

“Camões em Constância”, um excelente quadro de ligação entre Camões, Constância e os motivos marítimos

Camões em Macau

"Camões na Gruta de Macau", pintura de Francisco Augusto de Metrass - Séc. XIX

O Jardim Luís de Camões em Macau

Luís de Camões – Gravura a buril de Jean-Charles Allet – 1728

O poeta Luís de Camões, na gruta de Macau - Litografia de Joaquim Pedro de Sousa, a partir de obra de Francisco Augusto Metrass - 1866

A gruta de Camões, em Macau

Jardim de Camões, em Macau - homenagem

Quinta das Lágrimas- Coimbra Portugal



A Quinta das Lágrimas localiza-se na margem esquerda do Mondego, na freguesia de Santa Clara, na cidade e concelho de Coimbra, no distrito de mesmo nome, em Portugal.
Ocupa uma área de 18,3 hectares em torno de um palácio do século XIX requalificado em nossos dias como hotel de luxo. Nos seus jardins acumulam-se memórias desde o século XIV, tanto nos elementos construídos como nas árvores, nas lendas populares e na sua própria história.
Neles se encontram as chamadas Fonte dos Amores e Fonte das Lágrimas. A quinta e essas fontes são célebres por terem sido cenário dos amores do príncipe D. Pedro (futuro Pedro I de Portugal) e da fidalga D. Inês de Castro, tema de inúmeras obras de arte ao longo dos séculos.


                                            Fachada principal do palácio da  "Quinta das Lágrimas"

O jardim da "Quinta das Lágrimas"

Visita pelo jardim da "Quinta das Lágrimas"

Árvores seculares guardam a "Fonte das Lágrimas"


Das lágrimas das "filhas do Mondego" nasceu a fonte das "Lágrimas", segundo Camões





Representações Artísticas das obras de Camões Parte II


Esculpidas no túmulo de Inês, existem cenas da vida de Cristo. O túmulo apresenta um trabalho rendilhado, leve, solto e reluzente, em contraste com o túmulo de D. Pedro, que prima por um material mais escuro e cujas cenas são mais "pesadas".

De acordo com as ordens de D. Pedro, ambos os túmulos - o de D. Inês e o seu - deveriam ficar frente a frente, para que, quando ressuscitassem, a primeira visão de ambos fosse o outro ser amado.

Inês de Castro - azulejos


Tétia e Vasco da Gama

Pintura de João M. Ribeiro Couto: "A alma de Camões içada na Lusa-Olivença"


Trabalhos artísticos sobre Camões


Estátua de Camões em Paris



Foi inaugurado em 1912 em Paris, um busto de Camões em bronze. Ao que consta, a vizinhança não apreciou a obra e, num "golpe de mão" noturno, o fez desaparecer, menos de um ano depois. Depois de um acidentado percurso, o tal busto acabou, felizmente, na posse da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1924, uma nova estátua - que se vê na imagem - foi instalada ao fundo da escadaria em que a avenue Camoens se cruza com o boulevard Delessert, a dois passos do Trocadéro.

Música Mudam se os tempos... José Mário Branco



O cantor e compositor Português, José Mário Branco, transformou o poema de Camões em música. 

Representações Artísticas das obras de Camões


O Adamastor no alto de Santa Catarina – obra de Júlio Vaz Júnior, inaugurada em 1927 no miradouro de Santa Catarina, Lisboa, Portugal. 


Detalhe do Palacio da Pena – Sintra – o Adamastor 



Estátua do Adamastor, no Palacio do Marques de Pombal, em Oeiras 


O Gigante Adamastor representado num edificio em ruinas, em Faro 



Adamastor na areia


Adamastor, Centro Cultural Rodrigues de Faria 



Adamastor: ilustração de Carlos Alberto Santos


"Adamastor", azulejo, no Palácio do Buçaco, da autoria de Jorge Colaço 


Palácio do Bussaco





Caricatura de Camões





Caricatura feita por Amarildo,  ele  é Chargista e Editor de Ilustração do jornal A Gazeta de Vitória-ES.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Praça Luís de Camões






A Praça Luís de Camões é composta por uma figura em bronze no centro de uma Praça empedrada com calçada portuguesa. Com a estátua de Luís de Camões, Lisboa via não só nascer uma bela e discreta praça urbana, como também um signo imperativo de conceitos modernos de cidadania, corporizados na figura de um herói - poeta, eterno exilado que morrera pobre e só.
O autor/ escultor do monumento, construído entre 1860 e 1867, foi Vítor Bastos. Foi inaugurado com grande cerimonial e participação pública, em 1867, sendo uma das grandes esculturas urbanas de grande escala a animar um espaço tradicional. A praça, urbanizada em 1859, após a destruição e remoção das ruínas do velho Palácio do marquês de Marialva e do Loreto, só ficou completa com a colocação do conjunto escultórico.

Sobre um grande pedestal em pedra com 7,5m, rodeado de estatuária em pedra representativa de figuras notáveis da nossa história, ergue-se a figura do poeta executada em bronze com seis metros de altura. É caracterizada por um paralelepípedo facetado, cujas arestas se acostam às figuras mais prestigiadas da cultura clássica nacional, (de Fernão Lopez a Zurara, de Pedro Nunes e João de Barros), empenhados, como o Poeta, no engrandecimento e celebração da Pátria.
Acima deles, sobre a dupla base, elegantemente emoldurada, ergue-se a figura coroada de louros de Camões, numa postura solitária, simultaneamente discreta e impositiva, como se apropriasse e protegesse a cidade a partir daquele lugar 
alto que ampliava o espaço cultural e convencional do Chiado. É de grandes dimensões e tem uma postura heroica.

Curiosidades sobre Camões


 Ao longo dos séculos,a figura de Luís de Camões tem servido de inspiração a outros autores, e tem sido utilizada em selos, moedas, notas, bem como feitas inúmeras pinturas e esculturas da sua imagem.

                                                                
Retrato de Luís de Camões na prisão de Goa, em 1556



Retrato de Luís de Camões


Selo português comemorando os 400 anos do nascimento de Luís de Camões, onde se mostra o poeta salvando "Os Lusíadas" no naufrágio


Selo português de 1924 comemorando os 400 anos do nascimento de Luís de Camões, onde se mostra um retrato do poeta


Cédula de 1000 escudos de Angola, com o retrato de Luís de Camões


Moeda de 1000$00 em prata do IV centenário da morte de Luís de Camões


Moeda de 25 cêntimos com a figura de Luís de Camões






Estátua de Luís de Camões